O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que espera ter uma recuperação completa e rápida da cirurgia a que foi submetido no domingo (31).
“Garanto a vocês que passarei por esse tratamento com sucesso e voltarei à ação muito rapidamente”, disse Netanyahu em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.
O premiê disse que mais de 200 homens armados foram mortos pelas forças de Israel em uma operação no Hospital Al-Shifa, um dos principais da Faixa de Gaza.
Ao responder perguntas dos repórteres que participaram da coletiva, Netanyahu voltou a defender a ofensiva terrestre em Rafah, cidade do sul do território palestino. Segundo o líder de Israel, “não haverá vitória sobre o Hamas sem a operação em Rafah”, acrescentando que nada vai impedir que a incursão na cidade aconteça.
O primeiro-misnistro israelense também falou sobre as negociações sobre um possível cessar-fogo e a libertação de reféns que foram retomadas no domingo no Egito. Netanyhau afirmou que uma combinação de pressão militar e flexibilidade nas conversas resultará na libertação de reféns.
Mais ataques no norte de Israel
Os militares israelenses disseram que mataram um comandante do Hezbollah em um ataque aéreo em um veículo no Líbano no domingo, identificando-o como Ismail Al-Zin, um comandante da unidade de mísseis anti-tanque das Forças Radwan do Hezbollah.
“Al-Zin foi uma fonte significativa de conhecimento sobre mísseis antitanque e foi responsável por dezenas de ataques de mísseis antitanque contra civis israelenses, comunidades e forças de segurança”, disseram os militares israelenses.
Uma fonte próxima ao Hezbollah disse que Al-Zin não era uma figura sênior, mas confirmou que ele estava na unidade de elite Radwan.
Israel já matou cerca de 25 membros da unidade, incluindo pelo menos três comandantes, como Wissma Tawil, um oficial sênior do Hezbollah que desempenhou um papel de liderança na direção de suas operações no sul do Líbano.
O Hezbollah começou a lançar foguetes a partir de colinas e aldeias no sul do Líbano, em Israel, em 8 de outubro, em apoio ao seu aliado palestino Hamas, que realizou um ataque transfronteiriço em Israel no dia anterior, que desencadeou a resposta israelense na Faixa de Gaza.
O bombardeio de Israel ao Líbano matou quase 270 combatentes do Hezbollah, mas também matou cerca de 50 civis – incluindo crianças, médicos e jornalistas – e atingiu a UNIFIL (Força Interina das Nações Unidas no Líbano) e o exército libanês.
Os EUA e outros países procuraram assegurar uma resolução diplomática às trocas de fogo entre Hezbollah e Israel. O Hezbollah disse que não vai parar o fogo antes de um cessar-fogo ser implementado em Gaza.