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Procurador russo pede seis anos de prisão a dramaturgas acusadas de terrorismo

por Redação

Um promotor público russo pediu a um tribunal que prendesse por seis anos duas importantes figuras do teatro russo acusadas de “justificar o terrorismo”, disseram seus advogados nesta sexta-feira (5).

A diretora Zhenya Berkovich e a dramaturga Svetlana Petriychuk foram presas em maio do ano passado por causa da premiada peça “Finist, o Falcão Brilhante”, que conta a história de mulheres russas que se casaram com combatentes do Estado Islâmico.

Em abril de 2024, a dupla foi adicionada à lista oficial de “terroristas e extremistas” da Rússia.

O caso da acusação baseia-se parcialmente no depoimento de uma testemunha anônima que gravou secretamente a produção no seu telefone e a entregou às autoridades.

A testemunha, sob o pseudónimo de “Nikita”, disse no julgamento que acreditava que a peça retratava os terroristas como vítimas, e o Estado e a sociedade russos como culpados de pressionar jovens a aderirem ao Estado Islâmico.

Colegas artistas, defensores dos direitos humanos e defensores da liberdade de expressão reuniram-se em apoio a Berkovich, 39, e Petriychuk, 44, que negam qualquer culpa.

Em junho, o juiz aprovou um pedido dos procuradores para proibir jornalistas e membros do público de assistirem ao restante do caso.

A próxima audiência do caso está marcada para 8 de julho, segundo o marido de Petryichuk, Yuri Shekhvatov. Não está claro quando o tribunal anunciará seu veredito.

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