O recente comunicado do Cine Glauber Rocha anunciando o fim do contrato de patrocínio com o Grupo Metha pode acabar com as sessões com preços populares no espaço. Em entrevista ao Metro1, o idealizador e principal coordenador do Glauber Rocha, Cláudio Marques, disse que esta é uma de suas maiores apreensões.
“O que mais me preocupa agora, na verdade, é a gente conseguir manter os preços populares”, disse o fundador do cinema localizado no Centro Histórico de Salvador
Claudio Marques, em entrevista ao Metro1, diz que, após a divulgação do encerramento da parceria com o Grupo Metha, já houve de imediato a procura por parte de algumas empresas interessadas em patrocinar o espaço. A expectativa é de que as negociações ocorram ao longo da semana. “Espero que em pouco tempo a gente consiga já ter ou um patrocinador ou mais apoiadores para garantir a existência do Cine Glauber Rocha”, pontuou.
Poder público – De acordo com Marques, o espaço tem uma receita variada mês a mês, mas ainda assim são gastos altos. Reunião com o governo do Estado e com a prefeitura de Salvador devem acontecer nos próximos dias para efetivar medidas que reduzam o impacto, durante o período de falta de patrocínio.
O fundador vê com importância que o cinema permaneça com as sessões populares. Ele ressaltou que este é um dos propósitos do espaço. “A gente acredita que uma das missões desse cinema é continuar servindo a população de uma maneira geral. É um espaço democrático. E a falta de patrocínio pode dificultar as nossas ações populares”, afirmou.
A parceria foi rompida em função da suspensão dos pagamentos do Grupo e Instituto Metha, que patrocinava o Cinema desde novembro de 2021. Nos últimos cinco meses, o cinema já contava apenas com os recursos próprios, visto que o valor do patrocínio deixou de ser pago neste período. Inicialmente, o contrato previa um acordo com duração de cinco anos.