No pior ataque a tiros em décadas na Austrália, homens armados abriram fogo, mataram ao menos 12 pessoas e feriram outras 29 durante um evento do feriado judaico na praia de Bondi, em Sydney, a mais famosa do país, neste domingo (14), disseram autoridades.
A polícia do estado de Nova Gales do Sul informou que duas pessoas foram detidas, e a emissora australiana ABC (Australian Broadcasting Corp) disse que um dos atiradores foi morto. Várias pessoas foram levadas para hospitais após o tiroteio, segundo um porta-voz do serviço de saúde local.
Pelo menos dois criminosos participaram da ação, e a polícia investiga se um terceiro atirador esteve envolvido no atentado. Mike Burgess, funcionário da inteligência australiana, disse que um dos suspeitos era conhecido das autoridades, mas não considerado uma ameaça imediata.
A polícia isolou o local, e unidades antibombas vasculham a região em busca de dispositivos explosivos que podem ter sido instalados. A identidade dos assassinos e das vítimas não foi divulgada.
Uma das praias mais famosas do mundo, Bondi costuma estar lotada de moradores e turistas. Vídeos que circulam na internet registram centenas de pessoas em pânico e correndo durante um tiroteio intenso.
Uma das gravações registra um dos atiradores em ação antes de ser imobilizado por um homem de camiseta branca, aparentemente civil, que lhe tomou a arma. Outro homem é visto disparando várias vezes de um local próximo, em uma passarela, antes de, aparentemente, ser atingido pelas forças de segurança.
Sussan Ley, líder do Partido Liberal, da oposição, disse que a perda de vidas no incidente foi significativa. “Os australianos estão em profundo luto esta noite, com a violência odiosa atingindo o coração de uma comunidade australiana icônica, um lugar que todos conhecemos tão bem e amamos, Bondi”, afirmou.
Testemunhas relataram caos e pânico. “Vi pelo menos 10 pessoas no chão e sangue por toda parte”, disse Harry Wilson, 30, morador que testemunhou o tiroteio, ao jornal Sydney Morning Herald.
O ataque ocorreu quase 11 anos depois que um atirador solitário fez 18 pessoas reféns no Lindt Cafe, em Sydney. Na ocasião, dois reféns e o atirador foram mortos após um impasse de 16 horas.
