Durante sua viagem a Orlando, nos Estados Unidos, o influenciador Carlinhos Maia fez declarações polêmicas sobre a revogação das novas regras envolvendo movimentações via Pix. Nesta quarta-feira (15), ele compartilhou um vídeo nos stories do Instagram em que elogiava o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e reproduzia informações falsas sobre o tema.
“Tô passando informações, sou jornalista agora também, aqui vocês vão ver de tudo”, iniciou o influenciador.
Em seguida, criticou a medida, alegando de forma equivocada que o Pix seria “cobrado” pela Receita Federal.
“Cobrar do Pix não existe… Vai, pobre!”, disse o humorista, que tem mais de 33 milhões de seguidores apenas no Instagram.
Carlinhos Maia reforçou sua crítica, afirmando que a suposta taxação seria injusta:
“Certo é certo, errado é errado. Cobrar do Pix não existe. Já tá lascado, cobrou do Pix já era. Achei maravilhoso, viralizou”.
A publicação foi apagada posteriormente, mas o vídeo viralizou nas redes sociais.
Vale lembrar que, em 2023, Carlinhos Maia esteve envolvido numa polêmica sobre jogos de azar, proibidos no Brasil. Ele gravou um vídeo no Instagram, falando sobre a divulgação que faz de casas de apostas. Na época, ele fazia publicidade para a Blaze, empresa sobre a qual o Fantástico apresentou uma reportagem especial com denúncias e investigações da empresa, que usa celebridades para fazer a divulgação de jogos de azar.
“Prometo que é a última vez que vou falar sobre isso. Pra você que tá em casa: se você não tem cabeça, não jogue! Se você não consegue se controlar na cachaça, não beba! O mundo, as pessoas, sempre vão estar influenciando você pra alguma coisa. Se eu disser: ‘pule do penhasco’, você vai pular porque eu tô dizendo a você? Não!”, disparou o influenciador.
“Continuarei fazendo, porque se eu não fizer, tem um monte aí roubando dinheiro das pessoas. Então, vou pegar uma menos ruim. Foi a última vez que falei sobre isso. Joga quem quer. Os influenciadores que têm de parar de enganar o povo que vai ficar rico. Têm que mostrar a verdade, que perde, que é jogo”, completou.
Entenda a polêmica
O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, existe desde 2020 e, segundo o Fisco, sempre seguiu as mesmas regras de fiscalização. A medida revogada previa que transações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas fossem informadas à Receita, algo já aplicado a outros meios de pagamento.
Apesar disso, a decisão gerou polêmica, com a oposição acusando o governo de prejudicar a classe média e desinformações se espalhando sobre uma suposta taxação do Pix. Diante da repercussão negativa e do aumento de golpes usando o tema, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revogou a medida.