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Corpo de criança assassinada a golpe de faca é sepultado em Brotas

por Redação

O corpo do pequeno Arthur da Luz Santos, 7 anos, que foi assassinado a golpes de faca dentro de casa, na região do Doron, em Salvador, foi sepultado nesta sexta-feira (5). O menino foi socorrido com vida e passou seis dias internado no Hospital Geral do Estado (HGE), mas teve morte cerebral. A mãe dele, Marisa da Luz Santos também foi esfaqueada e morreu em casa, antes de receber os primeiros socorros. O principal suspeito é o marido de Marisa e padrasto de Arthur, um homem identificado como Rodrigo Bispo dos Santos, que foi preso em flagrante.

A família chegou ao Cemitério Municipal de Brotas emocionada. Muitas pessoas levaram flores brancas e amarelas, balões brancos e camisetas com a imagem de mãe e filho. Durante o velório, familiares e vizinhos indignados cobraram por justiça e pediram para que Rodrigo, que é conhecido também como Cabeludo, seja mantido preso. No dia do crime, uma madrugada, ele teria agredido mãe e filho e ferido os dois com golpes de faca. Depois, destruiu os móveis e acendeu o botijão de gás, segundo testemunhas, numa tentativa de explodir o imóvel. A confusão acordou a vizinhança e Rodrigo foi preso quando tentava fugir.

Elinalva Oliveira, avó de Arthur e mãe de Mariza, disse estar “despedaçada” e pediu por justiça. “Momento de revolta, muita dor e tristeza. Eu quero justiça, que não fique impune, mais um crime impune. Foram duas vidas ceifadas e da maneira cruel que foi”, lamentou. “O mundo caiu na minha cabeça, estou de pé pedindo força a Deus. E da maneira trágica, cruel que foi”.

Ela conta que a filha não comentava muito do relacionamento. “Eu falava para ela ‘Se saia desse homem que ele não é pra você, vai viver sua vida’. Ela não me ouviu. A gente dava conselho, as irmãs davam. A gente só queria o bem dela e do meu neto”, lamentou.

Raquel dos Santos, irmã de Mariza e tia de Arthur, disse que a família sabia que o relacionamento era conturbado e cheio de brigas, mas “nunca chegou ao meu conhecimento que essas brigas eram de segunda a domingo e que meu sobrinho também estava sofrendo”. “A gente sabia que não era uma relação saudável, tanto que quando a gente soube que ela estava grávida a gente sofreu muito, a gente temia, ele sempre demonstrou não gostar do meu sobrinho”, conta.

A irmã diz que Mariza passou a morar de fato com o suspeito a partir de quando descobriu a gravidez. “Sempre foi uma relação de brigas, mas a gente não sabia que chegava a esse ponto”, lamentou. “Nunca esperei que ele fosse fazer essa crueldade, essa maldade com meu sobrinho. Na quinta ele falou que estava feliz diante do nascimento do filho. A partir do momento que ele virou pai…”, diz. “Ele teve um filho e fez essa monstruosidade com minha irmã e meu sobrinho. Não teve piedade daquela criança. Não consigo aceitar”, diz, pedindo que a justiça seja feita.

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