O deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos-BA) se manifestou sobre o indiciamento do pastor Silas Malafaia. Nesta quarta-feira (20), Malafaia teve de prestar depoimento à Polícia Federal logo ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, após críticas feitas às decisões do ministro Alexandre de Moraes.
Na ocasião, ele teve o passaporte retido com a justificativa de ‘evitar fuga’ e o celular apreendido para investigação do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a ordem judicial, o líder religioso estaria incitando uma trama golpista.
Para Samuel, em vídeo publicado na última segunda (18), o pastor não cometeu nenhum crime que justificasse tal medida, como homicídio ou desvio de recursos, mas apenas exerceu o direito constitucional de livre manifestação.
“O que o pastor fez foi usar sua voz, como qualquer cidadão pode e deve fazer, para questionar um processo que considera injusto. Você pode gostar ou não dele, é o seu direito como cidadão perante outro, mas isso não pode ser tratado como crime”, afirmou o deputado.
O parlamentar baiano destacou que o indiciamento é um sinal perigoso de enfraquecimento da democracia. Em seu discurso, ele classificou Moraes como ‘Ditador da Toga’, criticando a forma como o ministro atua de maneira concentrada em todas as etapas, da abertura do processo à investigação e aplicação de punições.
“Quando um só magistrado que sofre a falta, faz o cruzamento e ainda vai para a área cabecear, demonstra que estamos diante de um modelo que não respeita o equilíbrio entre os poderes. O pilar da democracia está sendo abalado”, enfatizou.
Samuel Júnior reiterou que seguirá firme em defesa das liberdades democráticas na Assembleia Legislativa, se manifestando contra ações como a de Silas Malafaia, pois considera inegociáveis para a sociedade brasileira.