Para o parlamentar, o discurso do petista demonstra falta de interesse do atual governo para o incentivo à ciência do conhecimento, de forma proposital, um dia antes da celebração do Dia Mundial do Livro.
Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na última terça-feira (23), o deputado estadual Samuel Júnior (Republicanos) aproveitou para criticar a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao hábito de leitura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O petista disse que o chefe da pasta de economia deveria “ler menos e conversar mais”, em alusão à articulação política no Congresso Nacional. A ‘alfinetada’ foi vista como polêmica por parte da sociedade, pois aconteceu um dia antes da data que celebra o material essencial para a busca de conhecimento e aprendizado.
“Um professor de uma universidade conceituada, como é o caso da USP, está sendo proibido pelo presidente da República de ler livros. Hoje, nesta data especial, recebi um convite para participar da Bienal do Livro que ocorrerá aqui, em Salvador, mas que exemplo o país dá ao mundo se nem o próprio chefe de Estado não apoia a ciência do conhecimento?”, questiona o parlamentar na tribuna.
Na ocasião, Samuel Júnior indicou livros para Haddad, incluindo a Bíblia Sagrada, obra mais vendida em todo o planeta, com cerca de 4 bilhões de exemplares que foram comercializados, segundo estimativas. Para contextualizar, ele relata a história de José e o tempo de “vacas gordas e magras”, em referência aos períodos de fartura e escassez, e fez uma analogia com a atual situação do país, que passa por crises em diversos setores da economia.
“Quando converso com algum prefeito, que tenho alguma relação pessoal, alguns destes que apoiaram Lula, eles dizem que nunca viveram um tempo onde os recursos chegavam na ponta, como era na gestão Bolsonaro, e agora enfrentam problemas no novo governo. Então, ministro, recomendo que leia a Bíblia para que possamos sair deste tempo de vacas magras que o seu líder está causando, para o bem de todos”, completou.