Em um contexto de pessimismo no mercado internacional, o dólar registrou uma forte alta e encerrou o dia acima de R$ 4,80 pela primeira vez em quase duas semanas. Ao mesmo tempo, a bolsa de valores teve sua terceira queda consecutiva, em um momento de correção após os recentes ganhos.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 4,848, representando um aumento de R$ 0,049 (+1,02%). A moeda operou em alta durante toda a sessão, atingindo seu valor máximo por volta das 9h50, chegando a R$ 4,87.
Essa é a primeira vez desde 16 de junho que o dólar fecha acima de R$ 4,80. Apesar da alta de hoje, a moeda acumula uma queda de 4,43% em junho e 8,18% em 2023.
No mercado de ações, também houve turbulência. O índice Ibovespa, da B3, fechou em 116.681 pontos, com uma queda de 0,72%. Esse é o menor nível atingido desde 7 de junho, influenciado por varejistas, mineradoras e bancos.
Globalmente, os mercados financeiros enfrentaram um dia de pessimismo depois que os presidentes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell, e do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmaram que aumentos adicionais nas taxas de juros são possíveis nos Estados Unidos e na Zona do Euro. Taxas de juros mais altas nas economias avançadas podem estimular a retirada de investimentos de países emergentes, como o Brasil.
No Brasil, os investidores aguardam a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quinta-feira, 29, onde será decidida a meta de inflação para 2026, podendo haver uma revisão das metas para 2023, 2024 e 2025. Com base nessas metas, o Banco Central brasileiro define a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.