“Era um pai, um irmão, um amigo. Vai fazer falta para todos”. Foi assim que se referiu ao papa Francisco a freira Geneviève Jeanningros, que ficou famosa por quebrar o protocolo durante o velório público do pontífice.
Geneviève falou com o serviço de imprensa do Vaticano após visitar a Basílica de São Pedro novamente nesta sexta-feira (25), sua quarta vez. “Muita gente me disse: quando for ver o Papa, leve a gente com você. Chorei também por eles”, afirmou a freira.
“Irmãzinha de Jesus” e amiga de Francisco, a freira viralizou ao se aproximar do caixão do pontífice no primeiro dia do velório público, na quarta-feira. Auxiliada por um segurança, a irmã foi levada para o cordão de proteção, onde permaneceu alguns minutos. Ocasionalmente, ela levava a mão ao rosto e chorava a morte do amigo, enquanto o observava. (Saiba mais sobre a freira abaixo)
Durante a visita desta sexta-feira, a freira rezou diante do caixão do Papa Francisco e, no final, mandou-lhe um beijo com a mão, segundo o Vaticano.
Na visita desta sexta-feira, Geneviève foi acompanhada por Laura Esquibel, uma mulher trans paraguaia que conhecia do papa Francisco: “Fui a primeira mulher transexual a apertar a mão dele. Já o vi sete vezes, almoçamos juntos. Eu gostava muito dele”. Segundo o Vaticano, o pontífice gostava das empanadas de Esquibel, e a mulher mandava o salgado para ele em algumas ocasiões.
Geneviève afirmou que foi procurada pela imprensa do mundo inteiro para dar entrevistas sobre o momento da quebra de protocolo. No entanto, ela recusou todos os pedidos, porque “não consegue” falar sobre o assunto. “Não, não consigo. Não quero falar com ninguém, me desculpem. Não consigo porque é demais, sabe? Eu gostava muito dele, é isso”, disse a freira ao Vaticano com seu forte sotaque francês sobre os pedido de entrevista.