O Dia da Indústria, comemorado anualmente em 25 de maio, reforça a importância dos espaços de produção de maior representação para as economias nacionais. As indústrias, também conhecidas como o “Setor Secundário” do País, abrangem os mais variados tipos de mercados, desde os alimentícios até os de vestuário, por exemplo. Para abordar a importância deste dia, o BNews entrevistou a presidente da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), Mariana Lisbôa, que além de celebrar a data, apontou a relevância do setor industrial para o Brasil.
Nessa data, mais pessoas, instituições e governos estão alinhados, pensando no setor. Devemos lembrar que a cadeia produtiva nacional é formada pelo setor de produção (agro e mineral), industrial (processamento dessa produção primária) e pelo o setor comercial. Existe uma integração entre os três setores e é essa combinação que faz o país crescer. Um bom exemplo é o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] que está lançando um programa de crédito específico para a indústria. E o Brasil precisa pensar em reformas e o momento de discussão é esse.
Dentro desse cenário, o setor florestal é destaque nas vantagens (econômicas, sociais e ambientais), ações e investimentos que faz, tanto em nível florestal quanto industrial.
As indústrias de base florestal ocupam 1% do território baiano e fornecem 90% da madeira consumida. A indústria de base florestal responde por 5% do PIB estadual e investe cerca de R$ 1 bilhão por ano.
Essa madeira é cultivada e matéria-prima renovável de cerca de cinco mil produtos que usamos no nosso dia a dia. E vão desde os mais evidentes, como papel e móveis, até produtos de beleza, medicamentos, alimentos e roupas. Outros, porém, estão sendo sempre desenvolvidos numa clara demonstração de investimento em inovação e tecnologia, sempre de acordo com as novas demandas da sociedade e com compromissos de ESG.
O segmento é uma força geradora de empregos no país, impactando 3 milhões de pessoas direta e indiretamente. Na Bahia, o setor gera renda de forma direta, indireta e de efeito renda para 222,7 mil pessoas. Além disso, contribui para uma maior qualificação de mão de obra, para a fixação das pessoas no campo, empregos de qualidade e investe diretamente na educação profissional e no empreendedorismo nas comunidades.
Atualmente, a indústria florestal na Bahia possui 700 mil hectares plantados e, paralelamente, contribui com a preservação de outros 450 mil hectares. A meta da associação é chegar a 1,5 milhão de hectares de área plantada e atingir a mesma área de mata preservada.