O ex-vereador Valdnei da Silva Caires (PP), apontado como principal suspeito pelo desaparecimento e morte de Beatriz Pires da Silva, foi condenado a 34 anos e 24 dias de prisão após passar por julgamento nesta quinta-feira (17), em Barra da Estiva, no sudoeste da Bahia.
A jovem, de 25 anos, desapareceu em 2023 e o corpo nunca foi encontrado. Ela era mãe de uma criança de 2 anos e estava grávida de seis meses. Há a suspeita de que o político fosse pai do bebê.
Beatriz foi vista pela última vez em 11 de janeiro de 2023, ao entrar em um carro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município que, segundo a polícia, costumava ser utilizado pelo então vereador.
À época, a mulher teria comentado com a mãe que faria uma viagem com o pai do filho dela. A família, porém, não sabia quem era o homem.
Ao longo das investigações, foi constatado que Beatriz e Valdnei tiveram um relacionamento. Em 21 de junho de 2023, ele foi preso durante o cumprimento de um mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado.
O ex-vereador foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por feminicídio. A acusação aponta que a motivação do crime foi o fato de o político não aceitar que a vítima divulgasse que ele era o pai da criança, “tendo em vista que o vereador gozava de grande prestígio na cidade”. Ele também teve o mandato cassado por decisão unânime em uma sessão extraordinária realizada na Câmara de Vereadores de Barra de Estiva.