Gabriel Costa, filho de Gal Costa, e Wilma Petrillo, ex-empresária e viúva da cantora, deram entrevistas ao Fantástico que foi ao ar neste domingo, 31, na Globo. Recentemente, ele contestou o direito de herança à ex-empresária de sua mãe, e chegou a pedir a exumação de seu corpo.
Em determinado momento, a repórter Renata Ceribelli pergunta a Gabriel: “Você tem alguma desconfiança em relação à Wilma?”. O jovem é enfático: “Nenhuma. Não imagino que ela possa ter feito alguma coisa em relação à minha mãe. Não acho que ela chegaria a esse ponto”.
A morte de Gal Costa
Sobre o dia da morte de Gal Costa, Gabriel relata: “Fiquei com a minha mãe na sala, assistindo TV um pouco com ela. Ela estava bem, tranquila. Só que pediu para a gente subir. E nós três subimos. Eu, Wilma e minha mãe. A Wilma e eu fizemos um chá pra ela”.
Em seguida, o filho da cantora continuou: “Fui no quarto da minha mãe dar boa noite pra ela. Só que nisso a Wilma falou que ela não tava bem, estava com calafrios, tinha vomitado, e que já tinha dado remédio para ela. Eu fiquei um pouco lá com ela e fui dormir.”
“Umas 4h30, 5h da manhã, fui acordado pela Wilma. Ela me chamando no quarto para ajudá-la a botar minha mãe na cama. Ela estava entre a cabeceira e a cama. Eu achei realmente que ela estava dormindo, que acabou caindo enquanto dormia. Só que aí fui chamá-la, chamei, chamei, chamei… Quando vi que minha mãe não estava respondendo comecei a ficar um pouco mais desesperado.”
“Ela estava começando a ficar fria, pálida, a boca dela estava roxa. Liguei para o SAMU. Me atenderam e falaram: ‘faz uns processos, massagem cardíaca’ até eles chegarem e nada. Só que aí a Wilma falou: ‘Tá demorando muito. Chama o [Albert] Einstein, chama o Sírio[-Libanês, dois hospitais de São Paulo]. Liguei para os dois”, continuou Gabriel Costa.
“Eles começaram a conversar entre médicos, eu comecei a chorar muito. Eu ouvi que deu óbito e dei uma saída, porque precisava respirar. Não sei o que aconteceu, mas minha mãe ficou lá, na cama dela, morta, até o dia de ser levada para o sepultamento”.
Já Wilma Petrillo, viúva de Gal Costa, relatou: “Cheguei lá no quarto, ela olhou para mim com os olhos tristes. Estava meio ofegante, sabe? Eu disse: ‘Você tá bem?’. Ela disse que estava com muito frio. Aí eu pus aquele cobertor térmico. Ela ficou quietinha, encolhida.”
“Ela acordou, eu disse: ‘Você tá melhor’? ‘Tô’. Aí ela deitou a cabeça no meu ombro e disse: ‘Então vai ser assim’. Você vai ficar comigo até… até… Eu já não sei mais viver sem você. Como ela disse que estava enjoada, quando ela virou na cama, achei que ela fosse vomitar. Chamei o Gabriel para virá-la. Pus a mão aqui, ela não respondia, não tinha pulso”, continuou a empresária.
Corpo de Gal Costa não passou por autópsia
Sobre a não realização de uma autopsia, Wilma explicou: “A médica disse: ‘Vocês querem fazer uma autópsia?’. Aí eu lembrei que a gente tinha visto na televisão um programa sobre necropsia, autopsia, e Gal disse: ‘Deus me livre se um dia eu tiver que ir embora e tiverem que fazer isso comigo’. Porque era uma coisa bastante agressiva. E falei: ‘Não quero autópsia’”.
O filho da cantora destacou incômodo com a decisão: “Não teve autópsia, então não tinha como saberem se foi algo mais profundo, algo a mais que a parada cardíaca. [Isso me levou a pedir a exumação] porque eu queria ter certeza se foi realmente isso”.
Onde Gal Costa está enterrada
Sobre o local de enterro de Gal Costa – outro ponto que levantou polêmicas – Wilma Petrillo afirmou: “Como ela tinha cidadania paulistana, mas não só por isso, porque ela gostava de São Paulo. Gostava mais do que eu. Ela era da minha família. Ela fazia parte da minha família. Ela tá num jazigo que é da minha família”.
O filho da cantora questiona a decisão, e acredita que o corpo deveria ser transferido para o Rio de Janeiro: “Era o que a minha mãe queria. Para mim [ela] não [falou sobre o tema]. Mas temos milhares de pessoas que podem comprovar isso, amigos, familiares… Ela fez esse jazigo para ela e a mãe dela, minha avó, ficarem ali. Foi uma promessa que ela fez para o meu tio, irmão da minha mãe”.