O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, anulou a determinação da Justiça Federal em Brasília que havia arquivado a investigação sobre irregularidades no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o pico da pandemia da Covid-19.
O ministro determinou, nesta segunda-feira (10), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve avaliar se há indícios de crimes nas condutas de Bolsonaro e de alguns nomes ligados a gestão anterior. São eles: Eduardo Pazuello (PL), deputado federal; Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde; Mauro Luiz Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina; Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência da República.
Ao justificar sua decisão, Mendes afirmou que o arquivamento do caso foi irregular porque os acontecimentos envolviam Pazuello, que, após ter assumido mandato de deputado federal, recebeu foro privilegiado no Supremo. Uma série de crimes é investigada, como epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação e comunicação falsa de crime.