No Dia Nacional da Habitação, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) celebra um marco na luta por moradia digna no campo: o Minha Casa Minha Vida Rural (MCMVR). Executado na Bahia pela SDR, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR/SDR), o programa já transformou a vida de milhares de agricultores, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais. Entre elas a da agricultora Marileia Aparecida, que representa tantas histórias de esperança geradas pelo programa.
Moradora da Comunidade Tradicional de Fundo de Pasto, no município de Brotas de Macaúbas, Marileia vê na casa própria uma oportunidade de permanecer no campo e cuidar da família. “Estou muito contente, porque a gente é do campo e quer permanecer aqui. Se fosse para sair da nossa localidade para ter a casa, não seria a mesma coisa. Moro com meus pais, tenho um filho e vou poder ficar perto deles, ajudando e cuidando. Ter minha própria casa é um sonho, um sonho que muitos agricultores têm”, contou.
Desde 2015, o MCMVR substitui casas de taipa, madeira e coberturas frágeis por moradias seguras, confortáveis e adaptadas ao meio rural. Até agora, mais de 3,2 mil unidades foram entregues, garantindo um novo começo para os moradores.
Mais do que um teto, o programa representa desenvolvimento. Por meio do Trabalho Técnico Social, fortalece a organização comunitária, incentiva associativismo e cooperativismo e estimula geração de renda, respeitando as particularidades de cada território. Essa abordagem garante que os beneficiários permaneçam na terra com dignidade e melhores condições de vida.
Em julho de 2025, o Governo do Estado lançou um pacote que prevê 3 mil novas casas, a autorização de 791 unidades para comunidades quilombolas e de fundo e fecho de pasto, além de 206 para aldeias indígenas, em parceria com entidades da sociedade civil. Também foram retomadas 984 obras em 15 municípios, com recursos estaduais e federais, via Ministério das Cidades, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, garantindo mais acesso a um lar digno e seguro.
Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, o programa é uma política de transformação social. “O Minha Casa Minha Vida Rural garante moradia digna aos agricultores, fortalece a permanência no campo e reconhece o direito das comunidades tradicionais. Cada casa entregue representa oportunidade, futuro e desenvolvimento para o nosso meio rural, mostrando que o governo está ao lado de quem produz e preserva a terra”, afirmou.
A emoção de ver essas mudanças também é compartilhada pelo coordenador de Políticas Públicas da CAR, Guilherme Rodrigues. “A política de habitação rural é muito mais do que tijolos e cimento. É trazer dignidade para as famílias. É emocionante ver pessoas que passaram a vida inteira no campo agora oferecendo um futuro melhor para seus filhos. Para nós, isso significa qualidade de vida e justiça social”, destacou.
O Minha Casa Minha Vida Rural mostra na prática que habitação é também uma ferramenta de desenvolvimento, entregando dignidade, permanência no campo e novas perspectivas para milhares de famílias baianas.