Início » Moradores de Valéria atiram garrafas de vidro e pedras em policiais durante protesto

Moradores de Valéria atiram garrafas de vidro e pedras em policiais durante protesto

por Redação

Os moradores do bairro de Valéria atiraram garrafas de vidro e pedras em policiais militares durante uma manifestação na localidade da Lagoa da Paixão, em Salvador, na manhã desta terça-feira (17). Os agentes tentam conter o protesto dos manifestantes, que querem chegar na Estrada do Derba para fechar a via.

Um grupo de moradores fechou a entrada da Rua da Morada para se manifestar contra a morte de Wendell de Aragão Pinto Ferreira dos Santos, de 18 anos, morto após uma ação policial no último domingo (15).

Vídeos mostram a confusão que acontece no local. Nas gravações é possível ouvir o som das bombas de efeito moral e garrafas quebrando. No protesto, moradores atearam fogo em itens para fechar a via. Com a chegada do Corpo de Bombeiro, os ânimos se exaltaram. Enquanto moradores tentavam manter a barreira no lugar com o fogo, agentes tentaram dispersar o protesto com bombas de efeito moral e balas de borracha.

Eles também reclamam de uma operação policial realizada nesta manhã no bairro. A Polícia Militar informou que apreendeu armas durante a ação.

Jovem denuncia agressão policial durante protesto na Lagoa da Paixão
Uma adolescente de 16 anos denunciou violência policial na localidade de Lagoa da Paixão, no bairro de Valéria, após protesto no bairro. Na confusão, a jovem que faz parte do protesto afirma ter sido agredida e ofendida por um dos agentes.

“Eu estava no restaurante e o policial chegou e mandou todo mundo sair, dizendo que só queria eu. Ele me deu quatro tiros [de borracha], deu mais de cinco tapas na cara, me chamou de mulher vagabundo. Eu sou de menor, tenho 16 anos”, denunciou ela, falando que estava usando uma proteção no rosto porque estaria ‘marcada’ pelos policiais.

Mesmo machucada, ela afirmou à reportagem que vai seguir protestando no bairro pela morte de Wendell, que era seu primo. “Eu levo todo mundo aqui para mostrar que em casa tem pai e mãe de família. Vou entrar com um processo porque não estou aqui por conta de vagabundo. Estou por causa de uma vida, do meu primo. Eu não estou errada”, completa ela, ao denunciar a ação policial.

Tanto os manifestantes como os policiais seguem na Rua Morada da Paixão. A reportagem acompanha todo os desdobramentos do caso no local.

Veja também