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Motoristas reclamam do aumento na gasolina: “Está doloroso”

por Redação

Os soteropolitanos acordaram com uma surpresa um pouco desagradável na manhã desta sexta-feira, 19. Ao pegarem seus carros para sair para trabalhar, eles se depararam com um aumento no preço da gasolina nos postos de combustíveis espalhados pela capital baiana e também na Região Metropolitana.

O Portal A TARDE visitou diversos postos de Salvador e registrou o aumento de 5,1% confirmado no dia anterior pela Acelen, dona da Refinaria de Mataripe. Para a gasolina comum, os preços variaram entre R$ 6,33 e R$ 6,38. Já no caso da aditivada, os preços dispararam e chegaram a atingir quase R$ 6,70. Populares ainda relataram postos em Lauro de Freitas que o valor chegou a R$ 7,18.

Preço da gasolina comum saltou de R$ 5,90 para R$ 6,30; aditivada chegou a R$ 6,70, mas com postos na RMS atingindo até R$ 7,18
Vale ressaltar que, até quinta-feira, o valor nos postos de combustíveis estava abaixo da casa dos R$ 6. O motociclista Bruno Caíque, conversou com a reportagem do A TARDE e falou sobre os impactos causados pelo aumento.

“Está doloroso. Ontem estava um valor e hoje está outro. Abasteci e nem vi que tinha aumentado. Desse jeito é complicado e impacta bastante, toda hora um preço diferente. A gente tem uma meta de valor para gastar, mas termina sempre extrapolando e precisando trabalhar um pouco mais para tentar atingir essa meta. O gasto vai ser maior. Tem vezes que fecha a conta, mas é algo raro, ainda mais com esses aumentos”, afirma.

De acordo com nota divulgada pela Acelen, os preços dos produtos da refinaria seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido por preços internacionais; a cotação do dólar e o frete, podendo variar para cima ou para baixo.

Um motorista, que preferiu não se identificar, também falou sobre o aumento e os impactos disso em seu trabalho. “Eu trabalho com atendimento a clientes e preciso que a gasolina esteja em um valor acessível para que eu possa concluir tudo. Quanto mais sobe, mais vou ter que desembolsar um dinheiro que não está previsto. Isso impacta na alimentação, na escola das crianças… Se o carro não for economico, você é obrigado a colocar muito mais gasolina. Hoje estou gastando cerca de R$ 300 por semana e a conta termina não fechando”.

Erick Nascimento também reforçou os prejuízos causados pelo aumento em seu negócio. “Cada vez mais complicado. Preciso do carro para comprar mercadoria em meu negócio, então dependo muito do carro. Com esse combustível aumentando, você termina rodando menos. A gente não está aguentando mais isso”.

Mesmo com as críticas do aumento, a Acelen afirma que possui uma política de preços transparente, amparada por critérios técnicos, em consonância com as práticas internacionais de mercado.

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