O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira sugeriu, nesta quinta-feira (7), o impeachment do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, após este se recusar a colocar em pauta o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A reação de Nikolas ocorreu após Alcolumbre afirmar que “nem com 81 assinaturas” aceitaria pautar o impeachment do ministro. Em resposta, o deputado declarou: “serão dois impeachments”.
A declaração do presidente do Senado aconteceu durante uma reunião com os líderes partidários da base do governo Lula e da oposição. Participaram do encontro os líderes governistas, além dos senadores Rogério Marinho (PL-RN), Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Rogério (PL-RO).
Entenda a situação
A oposição anunciou, nesta quinta-feira (7), que reuniu 41 assinaturas em apoio ao pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Embora o número seja significativo, a iniciativa tem caráter simbólico, já que o andamento do processo depende exclusivamente da decisão do presidente do Senado. Caso o pedido seja aceito, a continuidade do processo exige, posteriormente, ao menos 54 votos favoráveis em plenário.
O impeachment de Alexandre de Moraes, no entanto, ainda não reúne apoio entre todos os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que lidera o Progressistas, comentou que acredita não haver votos suficientes na Casa para que o processo seja colocado em pauta.
“Nós não temos no atual Senado 54 senadores [apoiando o impeachment]. E eu conheço o presidente Davi Alcolumbre. Você pode chegar com 80 assinaturas, que ele não abre. É um poder do presidente do Senado. Então essa pauta, eu não vou perder tempo com ela”, disse Nogueira.