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PM é demitido por envolvimento na morte de artista plástico em ação policial na RMS

por Redação

O policial militar Leandro Xavier foi demitido após a corporação concluir o inquérito que investigava a morte do artista plástico Manoel Arnaldo Santos Filho, de 60 anos.

Nadinho, como era conhecido o artista, foi baleado durante uma ação policial na cidade de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, em março de 2018, quando estava dentro do próprio ateliê.

Segundo a Polícia Militar, além da demissão do ex-servidor, uma sanção disciplinar foi aplicada aos outros dois PMs que participaram da ação, Edvaldo Nunes e Dinalvo dos Santos. Os agentes estão detidos no Batalhão de Choque da PM.

De acordo com a PM, o inquérito instaurado pela corregedoria da corporação foi remetido à Justiça, junto com um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apurou a conduta dos policiais militares.

A Polícia Militar informou que o PAD concluiu que o policial militar demitido “desvirtuou a finalidade constitucional atribuída ao exercício da função pública e a confiabilidade da população na corporação militar baiana”.

Crime

Nadinho era casado e pai de quatro filhos. Segundo relato de familiares, no dia do crime, os policiais chegaram no local atirando. O artista plástico morreu após ser atingido por um tiro que atravessou o lado direito das costas e saiu pelo lado esquerdo.

Na ocasião, a Polícia Militar tinha alegado que, no dia do crime, o artista plástico estava com um revólver e disparou contra a guarnição, da janela de casa, mas a arma falhou. Essa versão sempre foi contestada pela família.

Em junho de 2018, foi realizada a reconstituição do caso e, os três PMs envolvidos, que estavam afastados das atividades, foram indiciados por homicídio doloso. Já em julho do mesmo ano, a perícia desmentiu a versão dos policiais de que Nadinho teria atirado contra eles.

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) informou que a Justiça acolheu o pedido e desclassificou a infração penal contra os réus para o crime não doloso, quando não há intenção de matar. O caso foi remetido à Justiça Militar.

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