A polícia expulsou dezenas de manifestantes que haviam montado tendas em um pátio da Universidade Sorbonne, em Paris, nesta segunda-feira (29), para protestar contra a guerra em Gaza, disseram estudantes.
A manifestação ocorreu três dias após os protestos na universidade de elite da capital, Sciences Po, e veio na sequência de comícios em campi nos Estados Unidos contra o conflito.
“Montamos tendas … como em várias universidades dos EUA”, disse o estudante da Sorbonne, Louis Maziere. “Estamos fazendo tudo o que podemos para aumentar a conscientização sobre o que está acontecendo na Palestina, sobre o genocídio em curso em Gaza.”
“A polícia então veio correndo, derrubou as tendas, agarrou os alunos pelo colarinho e os arrastou para o chão, isso não é OK… Estamos bastante chocados”, disse ele.
O colega Lou disse: “O que estamos pedindo é a paz e eles respondem com força e violência.”
A BFM TV mostrou imagens da polícia arrastando estudantes para fora.
Uma fonte policial confirmou que os agentes tiveram que intervir para liberar o pátio da Sorbonne.
“Esta operação, que durou apenas alguns minutos, foi realizada pacificamente sem incidentes”, disse a fonte, recusando-se a responder a perguntas sobre como os alunos foram removidos.
A universidade, uma das mais antigas do mundo, fechou seus edifícios durante o dia por causa dos protestos pacíficos. Os estudantes cantaram ‘Palestina Livre’ e exigiram que a instituição condenasse Israel.
Israel impôs um cerco a Gaza e organizou um ataque aéreo e terrestre no qual pelo menos 34.488 palestinos foram mortos, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza.
As ações de Israel vieram em resposta a um ataque ao sul de Israel em 7 de outubro por militantes do grupo palestino Hamas, no qual 253 pessoas foram feitas reféns e cerca de 1.200 pessoas foram mortas, de acordo com os cálculos israelenses.
Vários políticos franceses, incluindo Mathilde Panot, que lidera o grupo de parlamentares da esquerda LFI na Assembleia Nacional, pediram aos apoiadores nas mídias sociais que se juntassem aos protestos na Sorbonne.