Durante a gestão do agora ministro da Casa Civil na pandemia, foram repassados R$60 milhões a uma empresa fantasma que nunca entregou os aparelhos
Após o caso de uma pastora ter morrido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Salvador por insuficiência respiratória, o deputado estadual Samuel Junior (Republicanos) alertou sobre a movimentação feita pela oposição à prefeitura, liderada pelo ministro Rui Costa (PT), de politizar o assunto de maneira indelicada e desumana em relação à paciente que não resistiu.
A crítica foi feita durante a sessão da Assembleia Legislativa, nesta terça (18), em discurso na tribuna do plenário. O parlamentar ressaltou que Rui, hoje chefe da Casa Civil da Presidência e ex-governador, fez a morte da mulher de palanque e ainda atacou a mãe de Bruno Reis (UB), também já falecida, ao insinuar que a saúde municipal está sendo negligenciada pela gestão.
“O ministro poderia trazer tantos exemplos, como a regulação, que a gente chama de ‘fila da morte’, mas quis desrespeitar não somente a paciente que infelizmente morreu na UPA como também a mãe do próprio prefeito. Enquanto isso, o caso dos respiradores, que aconteceu durante o seu governo, até hoje ninguém recebeu os aparelhos e nem sabe para onde o dinheiro saiu”, destacou Samuel, ao lembrar da investigação que até hoje segue sem resposta.
Sob o governo de Rui Costa durante a pandemia, o Estado adquiriu máquinas de ventilação mecânica para auxiliar os inúmeros pacientes que lotaram as vagas de UTI após serem contaminados pela COVID-19. Em conjunto com o Consórcio Nordeste – presidido por ele – cerca de R$60 milhões foram repassados para uma empresa fantasma que deveria entregar os equipamentos, algo que nunca ocorreu.
“As pessoas deveriam fazer essa pergunta, não desrespeitando como o senhor fez, mas onde está esse valor que foi gasto? Quantas pessoas perderam a vida exatamente por conta disso?”, questionou o parlamentar ao finalizar a fala.