Em sessão conjunta, o deputado federal Zacharias Calil (União Brasil-GO) levou ao plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 28, uma barriga inflável e fez uma demonstração de aborto.
O movimento surge como crítica ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que suspendeu uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), na segunda-feira, 27, que dificultava o acesso ao aborto para vítimas de estupro.
Irritado com a medida, o parlamentar, que é médico, fez uma demonstração do que seria uma assistolia fetal e chamou o procedimento de “feticídio”.
“Isso é feticídio. Nós não podemos permitir que isso aconteça com nossas crianças. Isso é proibido no Conselho Federal de veterinários, em animais, isso é proibido na pena de morte”, disse o parlamentar.
A norma do CFM, agora suspensa por Moraes, proíbe a utilização da técnica clínica de assistolia fetal para a interrupção de gestações acima de 22 semanas decorrentes de estupro. A ação foi movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
O deputado sugeriu às pessoas que criticam a norma lembrarem que existe a adoção. “O pessoal critica, mas nós temos a adoção. Pode levar a gestação até o final. Existe uma fila de adoção que vai daqui até Goiânia”, disse.