O marqueteiro argentino Fernando Cerimedo, que trabalhou na campanha eleitoral do presidente da Argentina, Javier Milei, publicou em seu perfil no X, antigo Twitter, um texto irônico direcionado a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Moraes viajou ao país vizinho para participar de um evento sobre atualização do Código Civil. Aproveitando a ida do ministro, o marqueteiro fez uma referência em relação à investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi acusado de “importunação” a uma baleia durante um passeio de jet ski.
“Visite também a Patagônia e nossas baleias, ninguém vai te acusar de chegar ‘muito perto’”, disparou Cerimedo, que disse ainda que na Argentina Moraes não precisa se preocupar, pois ninguém o iria perseguir e nem censurá-lo.
“Não tem problema, faça isso de graça, aqui ninguém vai te perseguir, censurar suas redes sociais, te prender, te trancar na cadeia com criminosos perigosos e traficantes de drogas só por dar sua opinião”, escreveu.
“Sinta-se à vontade e aproveite essa liberdade de questionar, perguntar e até pensar em coisas conspiratórias; aqui você estará livre para fazê-lo. Você pode até pedir o código-fonte dos nossos sistemas, assim como eu fiz antes desta eleição, que eles também podem te mostrar”, completou o marqueteiro.
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou que o presidente Javier Milei proteja os setores sociais mais pobres da Argentina, enquanto avança com suas reformas econômicas ultraliberais e busca reduzir o déficit fiscal a zero.
“As medidas concretas adotadas para cumprir com a âncora fiscal devem ser calibradas para garantir que a assistência social continue sendo prestada e que o peso não recaia totalmente sobre os grupos mais pobres”, declarou a subdiretora do FMI, Gita Gopinath, em uma entrevista ao jornal La Nación publicada neste domingo (25).
A Argentina mantém com o FMI um programa de crédito de 44 bilhões de dólares (219 bilhões de reais) e a funcionária visitou o país na quinta e sexta-feira para avaliar pessoalmente seu progresso e se reunir com Milei e membros de seu governo, mas também com economistas, sindicalistas e representantes de organizações sociais que demandam mais ajuda estatal.
O governo enfrentou nos dois meses e meio de gestão uma desvalorização de 50% da moeda, a completa liberalização de preços, desregulamentações e cortes drásticos para alcançar o déficit fiscal zero ainda este ano, como principal remédio para conter uma inflação de 254,2% e reverter uma pobreza de mais de 50%.
Gopinath considerou “importante garantir que o valor real das aposentadorias e da assistência social seja mantido. Que as aposentadorias e a assistência social acompanhem o ritmo da inflação”.
Ela opinou que “a economia herdada por este governo estava à beira de uma crise e exigia uma ação audaciosa e decisiva para afastá-la do precipício” e que já foram adotadas algumas medidas de alívio social, “mas serão necessárias mais, para garantir que a redução do déficit fiscal não recaia sobre os segmentos vulneráveis da sociedade”.
“Prevemos que a inflação possa cair para um dígito até meados deste ano”, disse a subdiretora do organismo de crédito, “mas acredito que levará pelo menos um ano para reduzir a inflação a níveis baixos e, em seguida, mantê-la nesses níveis até 2025 também exigirá esforços”, ela ponderou.
Para o FMI, “também será muito importante investir em capital humano. Este é um aspecto crítico. As taxas de pobreza infantil de mais de 55% são extremamente preocupantes. É o futuro do país. É importante garantir que essa porcentagem diminua muito e poder investir mais em educação”.
Sobre os planos de Milei de dolarizar a economia para concluir suas reformas econômicas ultraliberais, Gopinath insistiu que “a decisão sobre que tipo de regime monetário um país terá é uma decisão soberana”.
‘Não deixem o socialismo avançar’
No sábado (24), o presidente da Argentina esteve em uma convenção ultraconservadora na região de Washington, e pediu em discurso que seus ouvintes não deixassem o “socialismo avançar” e chamou a justiça social de “aberração”.
Milei discursou na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) e tentou aprofundar a ideia que apresentou no Fórum Econômico de Davos: o mundo “está em perigo” devido ao socialismo. O presidente ultraliberal, que venceu as eleições de novembro, falou sobre sua ideologia e concluiu: “Os socialistas arruínam nossas vidas”.
A mensagem foi clara: “Não apoiem a regulação, não apoiem a ideia de falhas de mercado, não permitam o avanço da agenda assassina do aborto e não se deixem levar pelo canto da sereia da justiça social”.
“Eu venho de um país que comprou todas estas ideias estúpidas” e de ser um “dos mais ricos do mundo, agora está no 140º lugar”, afirmou.
Milei chegou ao poder com um discurso reformista. Ele emitiu um superdecreto que modifica centenas de leis para tentar reverter a crise. Mas parte das reformas provocaram grandes manifestações nas ruas e críticas da esquerda.
Na CPAC. ele disse que encontrou “grandes resistências” ao Decreto de Necessidade de Urgência e à ‘Lei Omnibus’ por “parte dos beneficiários do sistema, ou seja, a casta corrupta”. Milei defendeu o capitalismo, que seria acusado de ser “um sistema hiperindividualista” diante do “altruísmo socialista com o dinheiro alheio”.
“A aberração acontece em nome da justiça social”, protestou. “Como diz o grande Jesús Huerta de Soto, a justiça social é violenta e injusta, ou seja, não é justa, nem social, nem nada, é uma aberração”, destacou, ao cintar um economista espanhol.
Milei parafraseou o lema do ex-presidente republicano Donald Trump “Make America Great Again” (MAGA). O ex-presidente americano discursou um pouco antes de Milei, com quem teve um encontro nos bastidores. E brincou que a Argentina é um dos poucos países que podem utilizar a sigla em inglês (Make Argentina Great Again).
“Não vamos desistir de tornar a Argentina grande novamente”, disse Milei.
*Reprodução/G1
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, demitiu nesta sexta-feira, 26, o ministro da Infraestrutura, Guillermo Ferraro, após vazamento de informações de uma reunião no gabinete argentino, alegando sua responsabilidade no caso. A informação é do jornal Clarín.
Até o momento, não houve comunicado oficial sobre a destituição e nem manifestação do ministro. Sendo feito isso, Ferraro torna-se o primeiro ministro a ser destituído do gabinete, apenas 45 dias após o início da administração
Antes da acusação de vazamento, Ferraro já enfrentava insatisfação em relação ao ritmo do Ministério e conflitos com o chefe de ministros, Nicolás Posse. Segundo Clarín, o vazamento de informações não é o verdadeiro motivo para a saída do ministro, mas sim os problemas com Posse, um dos funcionários de maior confiança de Milei.
Após a decisão, a pasta será rebaixada à categoria de secretariado e absorvida pelo chefe da Economia, Luis “Toto” Caputo, que desfruta da total confiança do presidente, consolidando mais poder sob sua órbita.
Corpo de baiana morta após cair de prédio na Argentina passa por nova necropsia
O corpo da baiana Emmily Rodrigues, de 26 anos, que morreu após cair do sexto andar de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, passará por nova necropsia nesta terça-feira (16). A informação foi anunciada pelo pai da jovem, Aristides Rodrigues, via TV Bahia.
A nova necropsia será feita com a presença do médico legista contratado por familiares de Emmily, do médico legista contratado pela defesa do suspeito e da junta composta por médicos oficiais da Justiça Argentina.
O caso aconteceu quando Emmily estava no apartamento do empresário Francisco Saénz Valiente, em uma área nobre da capital argentina. O homem chegou a ser preso por suspeita de homicídio, mas foi liberado 20 dias após a prisão e está em liberdade. Ao decorrer das apurações do caso, o empresário afirmou que a baiana teria utilizado drogas, teve um surto psicótico e se jogou da janela.
A versão do argentino foi negada por familiares da jovem. A família afirmou que solicitou o novo exame para comprovar que a jovem foi jogada da janela. O pedido da família chega após a defesa do suspeito alegar que ela teria pulado.
O pai da jovem, Aristides Gomes, que também é advogado e atua no caso, disse que não acredita na versão da defesa de Francisco. Ele explicou que questões deixadas de lado na primeira necropsia, como lesões não compatíveis com a queda, podem ser elucidadas com o novo exame.
O corpo de Emmily segue na Argentina até a conclusão das investigações.
Governo Milei envia ao Congresso nova lei que garante mais poderes ao presidente
Após o megadecreto anunciado no último dia 20 de dezembro, o governo de Javier Milei encaminhou ao Congresso uma nova medida: a Lei de Bases e Pontos de Partidas para a Liberdade dos Argentinos, que ficou conhecida como “Lei Omnibús”.
O texto, que compila 664 artigos e uma série de reformas, foi enviado ao Congresso durante a última quarta-feira (27). Um dos pontos da lei que chamou a atenção foi a intervenção de Milei nas manifestações dos argentinos, após três dias de protestos convocados por centrais sindicais.
A lei deve tornar a punição de protestos mais rigorosa. No caso de manifestações que impeçam a livre circulação de público haverá o aumento do tempo de prisão, que pode chegar a até seis anos com a atualização apresentada pela nova lei.
O documento propõe que marcações de reuniões populares com mais de três pessoas em espaços públicos passem a ser vistas como manifestações. Elas deverão ser informadas com até 48 horas de antecedência ao Ministério da Segurança, que analisará cada uma.
Polícia e manifestantes entram em confronto no primeiro protesto contra Milei em Buenos Aires
O primeiro grande protesto contra o governo do novo presidente da Argentina, Javier Milei, teve confrontos entre manifestantes e policiais nesta quarta-feira (20), em Buenos Aires. As tensões aumentaram quando os oficiais tentaram levar os manifestantes para a calçada, desobstruindo uma das vias da cidade.
O conflito durou pouco e um policial ficou ferido.
A ação policial aconteceu dias após a administração de Milei anunciar um protocolo antipiquetes e ameaçar cortar os benefícios sociais de manifestantes que bloqueiem vias e pontes durante protestos.
Os movimentos de esquerda se mobilizaram para protestar contra o chamado “Plano Motoserra”, que é um pacote de medidas econômicas audaciosas que visa conter os gastos e melhorar o cenário da economia da Argentina.
A mobilização também homenageou o 22º aniversário de um protesto em 2001 contra o governo do então presidente Fernando de la Rua que deixou dezenas de mortos devido à repressão policial.
Quando os protestos começaram, por volta das 16h, Milei estava na sede da polícia nacional para monitorar a primeira operação antipiquetes. Os oficiais buscavam garantir a circulação do trânsito enquanto os manifestantes se direcionavam para a Praça de Maio, ponto importante da capital argentina.
Reação das autoridades argentinas
À noite, Patricia Bullrich, ministra da Segurança, estimou que o número manifestantes no protesto de quarta foi menor que o habitual para os padrões portenhos.
“É evidente que a maioria das pessoas decidiu não comparecer hoje à marcha prevista ou ao fechamento de ruas, porque a média que temos tido em geral neste tipo de piquete é uma média entre 20.000 e 50.000 pessoas”, afirmou ela em comunicado à nação.
O número de manifestantes que compareceram ao ato ainda não foi divulgado pelas autoridades.
Ainda segundo a ministra, um número recorde de pessoas ligou para a linha 134, ativada pelo governo de Milei para que beneficiários de planos sociais possam denunciar caso sejam coagidos a participar de protesto sob ameaça de cancelamento do benefício.
“Tivemos mais de 10 mil ligações (…) para o 134 para denunciar pressões e extorsões. Muitos deles deixaram os nomes das pessoas que os extorquem, isso terá uma resposta muito clara da nossa parte e esperamos que a Justiça atue”, afirmou Bullrich.
Policiamento reforçado
Horas antes do início do protesto, o policiamento foi reforçado em diversos pontos de Buenos Aires e nas entradas da capital, como em estações ferroviárias, por onde chegaram manifestantes de cidades próximas. Com autorização do Ministério da Segurança, os oficiais revistaram passageiros a bordo de transportes coletivos.
“Hoje tivemos uma operação digna de uma guerra e de um estado de sítio na Argentina contra o que é uma manifestação pacífica”, afirmou Eduardo Belliboni, representante do Polo Obrero (PO), um dos principais organizadores da marcha, à AP. “Desde a manhã [o governo] está aterrorizando a população que, no entanto, está chegando em massa.”
O líder do Polo Obrero disse que os manifestantes não queriam qualquer tipo de confronto com as autoridades, mas explicou que os participantes do protesto iriam se mobilizar pelas ruas. “É onde as pessoas se movimentam em todas as partes do mundo. Onde vamos colocar 50 mil pessoas?”, disse.
As medidas para tentar conter o protestos
No dia 14 de dezembro, a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, anunciou um novo protocolo antipiquetes em que determina que as forças federais e o serviço penitenciário federal intervirão diante de piquetes e bloqueios, sejam parciais ou totais, de acordo com os códigos processuais vigentes.
“Se houver crime em flagrante, eles poderão intervir. Os crimes serão apurados de acordo com o artigo 194 do Código Penal e as forças federais poderão intervir em flagrante”, explicou.
O protocolo também determina que, no caso de bloqueio de vias durante protestos:
As autoridades atuarão até todas as ruas e pontes bloqueadas serem liberadas. Para isso, a mínima força necessária será utilizada.
Os responsáveis pelos bloqueios serão identificados, assim como cúmplices e instigadores, e suas informações serão enviadas para as autoridades competentes. Veículos utilizados em piquetes também serão assinalados.
As organizações sociais responsáveis pelos protestos deverão arcar com os custos das operações de segurança.
Um juiz competente será notificado se as ações resultarem em danos ambientais.
A participação de crianças e adolescentes resultará na notificação das autoridades e serão impostas sanções aos acompanhantes dos menores de idade.
Manifestantes estrangeiros com residência provisória serão identificados e suas informações serão enviadas para a Direção Nacional de Imigração da Argentina.
As organizações que participarem frequentemente na criação de piquetes serão colocadas em uma lista do governo.
Dias depois, em 18 de dezembro, Sandra Pettovello, ministra de Capital Humano, afirmou o governo irá cortar programas sociais de quem bloquear ruas durante manifestações.
“Os únicos que não vão receber benefícios sociais são os que forem à marcha e fecharem a rua. O presidente já disse ‘quem corta, não recebe'”, afirmou a ministra.
Cortar programas sociais de quem bloqueia as ruas durante manifestações foi promessa de campanha de Milei, que repetiu o slogan “el que corta no cobra” (“quem corta, não recebe”). O bordão contraria o lema “viva la libertad, carajo” (“viva a liberdade, caralho”), também usado pelo político.
Os anúncios foram repreendidos por políticos, sindicatos e organizações humanitárias, que denunciaram as medidas perante a ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Segundo eles, o governo da Argentina procura criminalizar o direito de protestar que é reconhecido na Constituição do país e em tratados internacionais de direitos humanos.
Voo direto de Buenos Aires para Porto Seguro aquece turismo na Costa do Descobrimento
Um dos destinos mais procurados na Bahia, Porto Seguro, considerado a capital da zona turística Costa do Descobrimento, voltou a receber o voo direto de Buenos Aires, na noite de sábado (16). A rota da Gol Linhas Aéreas é feita em aeronave Boeing 737, com capacidade para 176 passageiros, partindo do aeroporto de Ezeiza, na capital portenha, todos os sábados.
Os argentinos desembarcaram animados e tiveram receptivo da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA), com baiana típica e fitinhas do Senhor do Bonfim. “Vamos ficar 15 dias em Porto Seguro e estamos entusiasmados para conhecer todas as praias que conseguirmos, além da parte histórica. Nos disseram que este é um lugar muito bonito, de boa comida e gente hospitaleira”, relatou a moradora de Buenos Aires, Celeste Ferreiro, que veio com o filho adolescente.
“O voo foi fantástico. Somos um grupo de sete amigos e passaremos uma semana aqui. Com certeza, nos divertiremos muito, desfrutando das belezas naturais e da alegria do povo da Bahia”, completou o argentino Diego Valiente.
“A Argentina é o principal mercado emissor de turistas estrangeiros para a Bahia. Estamos felizes com o retorno do voo para Porto Seguro, que foi interrompido durante a pandemia. Ele é resultado da nossa contínua atuação para ampliar a malha aérea baiana, em parceria com as empresas de aviação, os municípios e aeroportos”, comemorou o titular da Setur-BA, Maurício Bacelar.
Segundo a Prefeitura de Porto Seguro, entre dezembro e janeiro, estão previstos 260 mil desembarques no aeroporto da cidade. Os turistas nacionais chegam das regiões sul, sudeste e centro-oeste, enquanto os estrangeiros são na maior parte argentinos, paraguaios, uruguaios e norte-americanos. O Centro Histórico, a Passarela da Cultura e as praias de Arraial d’Ajuda, Trancoso e Caraíva são alguns dos diversos atrativos do destino, que também oferece rede hoteleira e gastronomia qualificadas.
“Temos feito um forte trabalho de promoção, potencializamos os nossos equipamentos turísticos e investimos em novos segmentos, em uma caminhada junto com o Governo do Estado e o trade regional”, explicou o vice-prefeito e secretário de Turismo de Porto Seguro, Paulinho Toa Toa.
Milei derruba regra que impedia nepotismo e indica a irmã para secretaria-geral da Presidência
O presidente da Argentina, Javier Milei, revogou a regra que proibia a nomeação de parentes diretos a cargos públicos. A alteração foi feita neste domingo (10), quando iniciou-se a transição de governo, e publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (11).
O decreto que proibia nepotismo havia sido assinado pelo aliado de Milei, Mauricio Macri, em 2018. A modificação acontece para que a irmã do novo presidente, Karina Milei, assuma o cargo de Secretária Geral da Presidência da Nação. A norma mantém a maior parte do texto anterior, porém isenta o presidente da República de obedecê-la. A posse de Karina Milei aconteceu junto à de nove ministros e o chefe da Casa Civil no Salão Branco da Casa Rosada.
Ao todo, Milei assinou 13 decretos, 11 deles foram responsáveis por diminuir o número de ministérios e conceder posses. Ele reduziu o número de ministérios de 18 para nove, ficando: Ministério de Interior; Ministério de Relações Exteriore; Ministério de Comércio Internacional e Culto; Ministério da Defesa; Ministério da Economia; Ministério de Infraestrutura; Ministério da Justiça; Ministério de Segurança; Ministério da Saúde e Capital Humano.
Governo confirma ausência de Lula em posse de Milei e Brasil será representado por ministro
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República confirmou, nesta terça-feira (5), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participará da cerimônia de posse de Javier Milei como presidente da Argentina, agendada para o próximo domingo (10) em Buenos Aires
Segundo a Secretaria de Comunicação, o Brasil será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e por assessores. O convite para a presença de Lula foi entregue ao governo brasileiro durante uma reunião em Brasília, realizada no último dia 26, entre Mauro Vieira e Diana Mondino, que foi anunciada por Milei como a futura chanceler argentina.
Apesar da Argentina ser um parceiro comercial significativo do Brasil na região, essa não será a primeira vez que um presidente brasileiro não comparecerá à posse do presidente argentino. Em 2019, por exemplo, o então presidente Jair Bolsonaro enviou Hamilton Mourão, à época vice-presidente, como representante do governo brasileiro.
Aliados aconselham Lula a não ir para posse de Milei mesmo após presidente receber convite
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aconselharam o mandatário brasileiro a não comparecer à cerimônia de posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, apesar do político argentino ter enviado um convite ao petista. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (4).
Milei também enviou uma carta para Lula,que foi entregue pela futura chanceler do argentino, Diana Mondino, ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no último domingo (3). No texto, o presidente eleito disse que espera trabalhar em conjunto para “construção de laços” entre ambos os países.
O posicionamento de Milei na carta se contradiz com o que ele apresentou ao longo da campanha, já que insultou o presidente brasileiro algumas vezes, se referindo a ele como “comunista raivoso” e “socialista com vocação totalitária”. Além de ter dito que pretendia “limitar” o comércio com o Brasil.
Para os aliados de Lula, a cerimônia de posse poderia representar um ambiente hostil ao mandatário, já que há possibilidade dos apoiadores de Milei não aceitarem bem a participação do petista. A solenidade está prevista para acontecer no dia 10 de dezembro, em Buenos Aires.