O Carnaval de Salvador é a maior festa de rua popular do mundo e mexe com a rotina de quem vive na cidade, inclusive, os animais domésticos. Para evitar incidentes, a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Proteção Animal (Secis) chama atenção para os cuidados com os bichos nos dias de festa.
A titular da pasta, Marcelle Moraes afirma que práticas como a utilização de fantasias, pinturas com tintas e glitter em animais, comuns na época da folia momesca, podem ser caracterizadas como maus-tratos. “Os materiais desses adereços desencadeiam possíveis processos alérgicos e intoxicações graves, portanto, a utilização desses materiais e exposição dos bichos pode se tratar de crime, além de transformar um momento de descontração, em uma possível tortura”.
A Secis terá equipes em campo durante a folia para realizar campanha de conscientização contra maus tratos e abandono dos bichos. “Infelizmente, o que ainda acontece é o abandono de animais por parte de irresponsáveis que querem ir para festas e resolvem tratar os animais como mercadoria, os deixando em via pública ou portas de abrigos. O correto é realizar uma programação em que seja confortável para não atrapalhar a rotina dos animais e ter consciência de que a adoção exige responsabilidade”, explica Marcelle.
A pasta reforça ainda que o ideal é manter os animais longe dos circuitos oficiais por causa da sensibilidade sonora e possível estresse em virtude da agitação dos locais. “É uma exposição contraindicada, uma vez que, o animal pode evadir do espaço ao se sentir ameaçado e atônito. Mas, caso o tutor queira levar o ‘filho de quatro patas’ para alguma celebração, deve prender alguma identificação com um telefone útil e evitar o horário de 10h às 16h por causa do sol. Além disso, a hidratação e o conforto com o animal devem ser priorizados”.