Dezenas de manifestantes pró-Ucrânia se aglomeraram em uma rua no centro de Anchorage na quinta-feira (14), véspera das negociações entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu colega russo, Vladimir Putin, em uma base militar americana nos arredores da capital do Alasca.
Os manifestantes agitavam bandeiras ucranianas, bem como faixas nas cores azul e amarela do país, exigindo que Trump não fizesse concessões a Putin em troca do fim da guerra na Ucrânia pelo Kremlin.
Alguns manifestantes seguravam cartazes com slogans anti-Trump, incluindo “Sem Reis”.
Outros misturavam temores de política externa com queixas internas. Uma pessoa podia ser vista carregando uma placa que dizia: “Trump é um fantoche de Putin — divulguem os arquivos de Epstein”.
Outro manifestante segurava uma placa azul e amarela com mapas da Ucrânia e do Alasca e os dizeres “Tirem as mãos — Russos nunca mais”.
A manifestante Lisa Scarborough, moradora de Anchorage, de 66 anos, disse à agência de notícias Reuters que esperava que Putin e Trump pudessem realizar algo.
“(Estou) pessimista em relação a isso, mas quero apoiar e esperar que eles consigam impedir isso. Você sabe o que eles estão fazendo com o povo ucraniano e com o povo russo, aliás.”
Antigamente território russo, o Alasca agora abriga instalações militares cruciais para dissuadir e monitorar Moscou, incluindo a Base Conjunta Elmendorf-Richardson, que receberá Putin e sua delegação na sexta-feira.
A manifestante Helen Sharratt, moradora de Anchorage de 65 anos e natural da Inglaterra, disse que a ausência do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na reunião foi “apenas colonialismo, sabe, tudo de novo”.
“Isso é sobre a Ucrânia. Não é sobre os Estados Unidos. Não é sobre a Rússia, na verdade, exceto que a Rússia invadiu a Ucrânia e eles precisam sair. Não há nada a negociar. Quer dizer, o que Zelensky deveria fazer em troca? Ele só quer reafirmar suas fronteiras”, disse Sharratt à Reuters.