O governador Jerônimo Rodrigues (PT) justificou nesta sexta-feira (18), durante evento no município de Antônio Gonçalves, no sertão da Bahia, os pedidos de autorização de empréstimos que superam a soma de R$ 1,7 bilhão. No total, o governo encaminhou três projetos de lei à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com solicitações de crédito variadas.
“Nós enviamos para a Assembleia Legislativa mais um pedido na área de Saúde, para a gente inclusive apoiar os municípios. Tem dinheiro para isso. Já trabalhamos com um Pró-Semiárido, vamos chamar agora um outro para trabalhar com a Mata Atlântica. Foi essa a motivação que nos levou a fazer esse pedido”, explicou o governador.
Jerônimo ainda exaltou a situação das contas públicas no estado. Segundo ele, as instituições financeiras só aceitam os pedidos de empréstimo realizados pelo governo estadual porque veem na Bahia “capacidade de pagamento”.
“Às vezes, precisamos recorrer a empréstimos. Como nós, o governo da Bahia, estamos com as contas bem equilibradas — eles chamam de capacidade de pagamento, ‘capag’, e nós temos um capag classificado como ‘A’, bom —, então a gente pode recorrer ao Banco Mundial e ao Fida [Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura]”, declarou Jerônimo.
“Por exemplo, esta região já recebeu agora o Pró-Semiárido. Esse investimento que nós entregamos hoje em Bananeira dos Pretos é do Fida, de empréstimo”, complementou o governador.
O primeiro pedido de empréstimo tem o valor de 150 milhões de dólares (R$ 733,5 milhões) e seria contratado junto ao Banco Internacional de Desenvolvimento (BID), tendo seus recursos encaminhados para o PROSUS II (Programa de Fortalecimento do SUS no Estado da Bahia).
O segundo pedido de autorização tem dois empréstimos: um no valor de 100 milhões de dólares (R$ 489 milhões), junto ao BID; e outro de 18 milhões de dólares (R$ 88,02 milhões), a ser contratado no Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida), com ambos os valores sendo destinados ao Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Mata Atlântica da Bahia.
Por fim, há ainda um pedido de autorização para empréstimo no valor de R$ 400 milhões, a ser contratado junto à Caixa Econômica Federal. Os recursos devem ser destinados, de acordo com o projeto de lei, para o Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).