O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira (23) que decidiu adiar por várias semanas a reforma de leis eleitorais no território ultramarino francês da Nova Caledônia.
A medida acontece após protestos violentos, depois que o Congresso da França aprovou uma lei sobre o assunto. Ao menos seis pessoas morreram nas manifestações.
Macron foi pessoalmente à ilha no Oceano Pacífico para discussões e negociações com representantes locais.
A polêmica reforma eleitoral permitiria que milhares de residentes franceses que moram na Nova Caledônia há 10 anos estejam elegíveis para votar.
Segundo legisladores de Paris, isso seria necessário para melhorar a democracia na ilha, onde quase um quarto da população se identifica como europeia.
Mas os líderes dos indígenas Kanaks, que formam a maior comunidade no território, cerca de 40%, querem que a reforma seja revogada, pois temem que ela enfraqueça o voto dos Kanaks e dificulte a aprovação de um futuro referendo sobre independência.