Uma polêmica tomou conta dos bastidores do pagode baiano e do movimento LGBT, no último final de semana, em meio ao Festival Virada Salvador. Em coletiva de imprensa no evento, a cantora A Dama criticou Pabllo Vittar por não dar espaço aos artistas baianos do segmento no palco principal, já que foi a única representante escolhida para se apresentar no espaço.
“Eu sou um artista LGBT, mas eu acho também que essas pessoas que levantam esse tipo de pauta tem que chegar em Salvador e tem que olhar para os artistas LGBT. Por exemplo, a Pabllo Vittar ela vem em Salvador, será que ela conhece A Dama? Será que ela conhece o trabalho? Já que ela é um artista LGBT, que levanta esse tipo de pauta, será que a Pabllo Vittar conhece A Dama? E aí Pabllo, vamos fazer alguma coisa? Você não é LGBT, A Dama também é. Então é sobre isso. Mas, não adianta a gente pregar uma coisa que na atitude a gente não vai fazer”, disparou.
Acontece, que depois das declarações, a pagodeira recebeu uma verdadeira ‘enxurrada’ de críticas por seu posicionamento. Nas redes sociais, Alana Sarah foi duramente atacada pelos internautas, que apontaram um tom de soberba em sua fala, o que motivou um posicionamento oficial da artista.
Em seu perfil oficial do Instagram, através dos stories, uma nota oficial foi divulgada, onde a cantora se desculpa por suas declarações e diz ter sido mal interpretada, mas admitiu ter se equivocado ao falar sobre o assunto. “Minha opinião não foi em momento algum, para ofender ou descredibilizar a cantora Pabllo Vittar”.
Em seguida, Alana compartilhou uma série de vídeos, que chegou a deixar os seguidores bastante preocupados. Em tom desesperado, ela pediu para que os internautas parem de atacá-la, mesmo admitindo ter cometido “o maior erro da sua vida”.
“Nessa Virada Salvador, acho que eu cometi o maior erro da minha vida, que foi ter falado sobre a Pabllo Vittar de uma forma, que era uma coisa que eu queria falar, infelizmente, saiu de outra forma e eu fui infeliz na minha fala, e eu gostaria de me retratar sobre isso aqui. Quando eu falei sobre a Pabllo, eu falei sobre, eu quis dizer sobre ela estar num palco principal dentro da Virada Salvador, e ter Nininha Problemática como uma drag, no pagode, em outro palco, ter outras e outras artistas LGBTQIA-P+, mais em Salvador, ter pouca visibilidade. E as pessoas de fora, quando vêm pra cá, sempre achar e enaltecer o pagode masculino como se a gente que está na luta, na batalha, para ocupar esse espaço, não tivesse a oportunidade, não tivesse a chance de ser visto como pessoas no pagode. É uma luta diária, diária mesmo, assim, construção.