O “Caso do Pix”, conhecido escândalo de desvios de recursos financeiros doados através da ferramenta, por funcionários da RecordTV Itapoan, ainda não teve um fim. Segundo a Polícia Civil da Bahia, a “investigação segue em curso”.
Apesar disso, a Civil ressaltou que o delegado responsável pelo caso, Charles Leão, não tem “previsão para novas entrevistas” para atualizar sobre o caso. Recentemente o delegado convocou a imprensa para divulgar que o repórter Marcelo Castro e o produtor Jamerson Oliveira foram indiciados no caso (veja aqui). Apesar disso, questionada pela reportagem, a Civil não respondeu sobre o andamento do indiciamento de ambos e nem prazo sobre o final das apurações.
Leão detalhou que os ex-funcionários da TV Itapoan estão indiciados pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro e que as investigações são demoradas.
ENTENDA O CASO
O “Escândalo do Pix”, apura possíveis fraudes que teriam ocorrido por meio de arrecadação de doações para pessoas em estado de vulnerabilidade social, em campanhas divulgadas na Record TV Itapoan, durante o programa Balanço Geral.
Citados no esquema, Marcelo Castro e o editor-chefe Jamerson Oliveira foram demitidos da emissora.
Os envolvidos teriam desviado cerca de R$ 800 mil destinados a pessoas carentes que fizeram apelos no programa. O repórter e o produtor foram citados em depoimentos de supostas vítimas. Um dos relatos aponta que Marcelo Castro teria intermediado para colocar o PIX, que seria de um rifeiro famoso, no gerador de caracteres da tela do programa Balanço Geral.
Em conversa com o Bahia Notícias, o advogado do jornalista negou o envolvimento do seu cliente no caso.
De acordo com a Polícia Civil, dois jornalistas são investigados e cerca de 20 pessoas, que se apresentam como vítimas e funcionários da TV Itapoan, já foram ouvidas sobre o caso.