A Justiça baiana acatou o pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e tornou os quatro acusados pela morte da cantora gospel Sara Mariano: Gideão Duarte, Victor Gabriel, Weslen Plabo Correia (Bispo Zadoque) e Ederlan Mariano (marida da vítima), em réus no caso. A informação foi confirmada ao Portal A TARDE pelo advogado da família da vítima, Marcus Rodrigues, e pelo Tribunal de Justiça da Bahia.
Além de transformar os quatro em réus, a Justiça também converteu os mandados de prisão temporária, que já haviam sido prorrogados neste mês, para prisão preventiva (que não tem tempo para expirar). Com isso, os quatro devem aguardar o final do processo no sistema prisional.
“O Inquérito Policial foi concluída e remetido ao MP. O Ministério Público realizou as denúncias e enviou à Justiça. A Juíza a recebeu, aceitou e decretou a prisão preventiva dos quatro. Ou seja, o que era uma investigação, hoje é um processo criminal por feminicídio”, explicou Rodrigues.
O pedido do MP foi para que os quatro homens respondam pela morte de Sara Mariano por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver e associação criminosa.
Relembre o caso
A pastora Sara Mariano foi vista pela última vez com vida na noite do dia 24 de outubro, ao deixar a casa da família. Na época, Ederlan Mariano chegou a registrar o boletim de ocorrência pelo desaparecimento da esposa, e afirmou que ela tinha saído com destino a eventos religiosos, mas alegou não saber quais.
Três dias após o desaparecimento, no dia 27 de outubro, o corpo dela foi encontrado carbonizado, em uma área de mata às margens da BA-093, na região de Dias D’Ávila, cidade da Região Metropolitana de Salvador.
O marido da cantora, Ederlan Santos Mariano foi preso na madrugada do dia 28 de outubro, após confessar ter cometido o crime.
Gideão Duarte, Victor Gabriel e Bispo Zadoque tivem seus mandados cumpridos durante o curso das investigações e estão custodiados no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, assim como Ederlan.