Morto a tiros no bairro da Cidade Nova, o taxista José Carlos dos Santos Júnior, de 40 anos, tinha sido vítima da violência há cerca de 15 dias. Ele foi assaltado enquanto trabalhava no bairro do Comércio.
Segundo o presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Denis Paim, o taxista foi roubado e liberado após algum tempo no Condomínio Santa Luzia, conhecido como “Carandiru”, na Avenida Jequitaia. “Ele foi vítima de assalto há 15 dias e foi feito refém, e foi deixado ali no Carandiru. A gente já sabe que teve outros assaltos ali na região do Comércio com taxistas também”, diz.
Preocupado com a violência, José pensava em parar de rodar táxi e ir para Elísio Medrado, no Norte da Bahia, onde tem família. “Ele já estava decidido a sair do táxi, a família já estava se mobilizando para ir para Elísio Medrado. Ele ia rodar mais alguns dias para juntar dinheiro. Agora o trabalhador tem que deixar o lugar para o meliante trabalhar”, reclamou Denis, sobre a situação de violência envolvendo a categoria.
Segundo ele, cerca de cinco taxistas são assaltados todos os dias em Salvador. Denis diz que a maioria dos motoristas acaba não registrando os crimes, mas ele cobra uma delegacia especializada para investigar os casos envolvendo os motoristas de táxi. “Nas reuniões, sempre solicitamos uma delegacia para os taxistas. Temos taxistas que têm a vida ceifada. Nenhum [crime], até hoje, foi elucidado pela secretaria. A delegacia especializada seria importante para investigar esses crimes contra taxistas”.
Cidade Nova
José Carlos dos Santos Júnior, de 40 anos, e o passageiro que estava dentro do táxi, foram mortos a tiros no bairro da Cidade Nova, nessa quinta-feira (30). O crime aconteceu na Rua 1º de Janeiro.
Segundo informações da Polícia Civil, José Carlos foi atingido dentro veículo, e quando o outro homem tentou fugir, também foi baleado. Os dois morreram no local. O caso está sendo investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS).