O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse aos líderes de pequenas ilhas na COP29 na quarta-feira (13) que eles têm “todo o direito de ficar com raiva”.
“O G20 é responsável por cerca de 80% das emissões globais. E é uma injustiça que deve acabar”, disse ele.
Os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, um grupo de 39 estados e 18 membros associados, são reconhecidos pelas Nações Unidas como particularmente vulneráveis ao aumento dos níveis de água e a condições climáticas mais extremas à medida que o mundo se aquece devido à queima contínua e histórica de carvão, petróleo e gás.
O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, também se dirigiu aos delegados, mirando a Europa, dizendo que os territórios ultramarinos da França e da Holanda estão entre os mais afetados pelas mudanças climáticas.
Aliyev então atacou o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, por comentários que ele fez em 2022, quando chamou a Europa de “um jardim” e a maior parte do mundo de uma “selva” que “poderia invadir o jardim”.
“Se somos selvas, então fiquem longe de nós e não interfiram em nossos assuntos”, disse Aliyev.
Em 2022, Borrell negou que os comentários que fez fossem racistas e pediu desculpas por qualquer ofensa causada pelos comentários que geraram críticas na época.
As negociações climáticas anuais são uma oportunidade para pequenos países insulares pressionarem os governos do G20 a tomarem medidas muito mais ambiciosas para reduzir as emissões.