Era madrugada de 8 de março de 2014, horário local, quando o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu 40 minutos após a decolagem, em Kuala Lumpur, na Malásia — as condições meteorológicas eram consideras boas no momento. O sumiço repentino do avião completa uma década nesta sexta-feira (8) —no que, ainda hoje, é um dos maiores mistérios da aviação mundial.
Ao todo, 239 pessoas, dos quais 227 passageiros e 12 tripulantes, estavam a bordo do Boeing 777-200 que deveria chegar a Pequim seis horas mais tarde — a maioria dos passageiros era chinesa. O avião desapareceu subitamente das telas do radar e jamais foi encontrado.
Nesta semana, autoridades malaias disseram que podem renovar as buscas pelo voo MH370 após uma empresa que tentou encontrá-lo em 2018 propor, agora, uma nova ronda no sul do Oceano Índico, onde acredita-se que a aeronave tenha caído. A proposta, entretanto, ainda não foi aprovada por autoridades.
A possibilidade traz algum ânimo aos familiares das vítimas, principalmente de membros da tripulação, que sofreram com acusações e teorias conspiratórias quando o voo desapareceu.
Ao jornal britânico “The Guardian”, um amigo do piloto disse que a família dele “ainda espera fortemente por respostas”. “Ainda não há conclusão sobre isso. Deve haver uma explicação para o que aconteceu. […] Todo mundo precisa de um encerramento”, disse o homem.
A declaração oficial de que foi um acidente e que todos a bordo deveriam ser consideradas mortos — medida que abriu caminho para o pagamento de indenização às famílias — foi feita em 29 de janeiro de 2015, quase um ano depois do desaparecimento.
“É com o coração pesado e com profunda dor que declaramos oficialmente, em nome do governo da Malásia, que o voo MH370 Malaysia Airlines foi vítima de acidente”, disse, na época, o chefe da aviação civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman.
As buscas pelo avião (uma das mais caras já feitas até hoje) foram oficialmente encerradas em 2017, quando os governos da Austrália, da Malásia e da China fizeram um anúncio conjunto.
A decisão de suspender as buscas “não foi tomada tranquilamente, nem sem tristeza”, dizia o comunicado dos três países. “Não perdemos a esperança de que um dia sejam obtidas novas informações e de que em algum momento no futuro a aeronave seja localizada”, acrescentou.
MENUMUNDO
BUSCAR
Voo MH370: o misterioso caso do avião que desapareceu 10 anos atrás com 239 pessoas a bordo e jamais foi encontrado
Avião ia da Malásia para a China quando sumiu do radar. Caso é considerado um dos mais emblemáticos da história da aviação mundial.
Por g1 — São Paulo
08/03/2024 00h00 Atualizado há 41 minutos
O misterioso caso do avião que desapareceu há 10 anos com 239 pessoas a bordo
Era madrugada de 8 de março de 2014, horário local, quando o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu 40 minutos após a decolagem, em Kuala Lumpur, na Malásia — as condições meteorológicas eram consideras boas no momento. O sumiço repentino do avião completa uma década nesta sexta-feira (8) —no que, ainda hoje, é um dos maiores mistérios da aviação mundial.
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Ao todo, 239 pessoas, dos quais 227 passageiros e 12 tripulantes, estavam a bordo do Boeing 777-200 que deveria chegar a Pequim seis horas mais tarde — a maioria dos passageiros era chinesa. O avião desapareceu subitamente das telas do radar e jamais foi encontrado.
Nesta semana, autoridades malaias disseram que podem renovar as buscas pelo voo MH370 após uma empresa que tentou encontrá-lo em 2018 propor, agora, uma nova ronda no sul do Oceano Índico, onde acredita-se que a aeronave tenha caído. A proposta, entretanto, ainda não foi aprovada por autoridades.
A possibilidade traz algum ânimo aos familiares das vítimas, principalmente de membros da tripulação, que sofreram com acusações e teorias conspiratórias quando o voo desapareceu.
Ao jornal britânico “The Guardian”, um amigo do piloto disse que a família dele “ainda espera fortemente por respostas”. “Ainda não há conclusão sobre isso. Deve haver uma explicação para o que aconteceu. […] Todo mundo precisa de um encerramento”, disse o homem.
A declaração oficial de que foi um acidente e que todos a bordo deveriam ser consideradas mortos — medida que abriu caminho para o pagamento de indenização às famílias — foi feita em 29 de janeiro de 2015, quase um ano depois do desaparecimento.
“É com o coração pesado e com profunda dor que declaramos oficialmente, em nome do governo da Malásia, que o voo MH370 Malaysia Airlines foi vítima de acidente”, disse, na época, o chefe da aviação civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman.
As buscas pelo avião (uma das mais caras já feitas até hoje) foram oficialmente encerradas em 2017, quando os governos da Austrália, da Malásia e da China fizeram um anúncio conjunto.
A decisão de suspender as buscas “não foi tomada tranquilamente, nem sem tristeza”, dizia o comunicado dos três países. “Não perdemos a esperança de que um dia sejam obtidas novas informações e de que em algum momento no futuro a aeronave seja localizada”, acrescentou.
CARENAGEM DO MOTOR, PEDAÇOS DE ASA E PAINEL DO ASSENTO: os rastros deixados pelo avião que desapareceu em 2014; veja INFOGRÁFICO
Local da queda e áreas de buscas
Imagem de arquivo mostra um veículo submarino sendo colocado no oceano em busca de sinais dos destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines. — Foto: AP Photo
Imagem de arquivo mostra um veículo submarino sendo colocado no oceano em busca de sinais dos destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines. — Foto: AP Photo
Nos dias seguintes ao desaparecimento do voo, as informações eram tão poucas que a área de buscas se estendia do Cazaquistão, na Ásia Central, até a Antártida. A região a se concentrar as buscas só foi se afunilando à medida que dados de satélite, rastreamento por radar e análises de correntes oceânicas começaram a ganhar mais corpo.
Não se sabe exatamente onde foi a queda até hoje. Mas o maior consenso é de que o avião tenha caído no sul do Oceano Índico.
O motivo da queda também é ainda hoje um mistério. E há explicações que vão desde teorias da conspiração, como a de que o avião teria sido abatido por causa de uma carga sensível ou de uma pessoa a bordo, a motivos “menos dramáticos”, como falha elétrica, incêndio ou despressurização repentina da cabine.
Sequestro, terrorismo, suicídio, briga, e desorientação espacial também foram algumas das outras teorias levantadas, mas nada nunca foi confirmado oficialmente.