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Comissão dedicada à saúde indígena é destaque em hospital público de Porto Seguro

por Redação

Objetivo da iniciativa é incluir tradições no atendimento dedicado a estas comunidades existentes na região

A gestão do Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães (HRDLEM), em Porto Seguro, implantou uma comissão especial para tratar sobre saúde indígena. O grupo, formado por profissionais da unidade e membros de comunidades, tem como objetivo incluir e readequar o atendimento às tradições existentes nos povos originários.

Partindo de um projeto feito pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que administra o hospital, em conjunto com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a comissão se tornou uma necessidade em prol da representatividade, criando fluxos novos de atendimento.

Vale destacar que Porto Seguro está na região da Costa do Descobrimento, que mantém uma forte presença de duas nações indígenas: os pataxós e tupinambás. De acordo com o portal do governo federal exclusivo ao tema, há 15.423 habitantes em 8 terras do primeiro povo, e 4.705 em duas áreas do segundo citado, sendo grande parte existentes no município.

Ambas com culturas específicas, principalmente no cuidado e tratamento às doenças, eram vistas como indiferentes em meio ao funcionamento habitual do Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme explicou o diretor do HRDLEM, dr. Rodrigo Nunes, a criação do comitê especial trouxe para o centro da discussão as novas formas do cuidado para este público, respeitando e inserindo cada costume à rotina da unidade.

“Os indígenas historicamente enfrentam barreiras ao acessar serviços de saúde, principalmente pela falta de compreensão. Esta comissão cria uma sintonia com essas importantes comunidades, estreitando essa relação, nos fazendo entender sobre a cultura indígena”, diz o gestor.

A iniciativa, vista como um grande desafio conquistado pela gestão hospitalar, é mais uma etapa do programa local de humanização implantado pelo IGH e Sesab e deve ser utilizado como modelo em outros espaços do SUS instalados em regiões com presença de povos originários. “O atendimento dedicado aos indígenas requer uma abordagem culturalmente sensível e adaptativa, e é nosso compromisso como membros da saúde pública”, finalizou Rodrigo.

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